1. Proposta Básica
A Terapia Relacional Sistêmica é uma proposta terapêutica que compreende o cliente (seja um indivíduo, uma família, um casal) como um Sistema em relação.
A pessoa em terapia necessita tomar consciência do seu funcionamento e das suas dificuldades (ou problemas), para poder desenvolver um programa de mudanças, e assim ter como treinar os novos comportamentos/atitudes/sentimentos.
O foco da Terapia Relacional Sistêmica é o processo de autonomia, que engloba o pertencer/separar-se, o desenvolvimento da consciência, das escolhas e responsabilidade; a mudança das pautas disfuncionais, adquirindo um número maior e mais rico de estratégias de funcionamento.
O trabalho clínico se realiza pela não priorização do sintoma, mas sim da mudança e da aprendizagem de novos padrões de relação. Com isso não se isola o sintoma ou a área sintomática do contexto mais amplo da pessoa e das relações.
2. Atendimentos
O trabalho terapêutico inicia no primeiro contato telefônico, onde será já definido quem virá à primeira sessão e um primeiro objetivo terapêutico.
A escolha de sessões, tempos, tarefas e outros encaminhamentos são definidos a cada um dos momentos do processo em função das aprendizagens/mudanças que o sistema necessita.
Dependendo da dificuldade/problema que o cliente apresentar no primeiro momento, ou no decorrer do processo se desenvolverão sessões ou processos terapêuticos individuais, de família/casal, de grupo.
Cada caso ou situação necessita de uma abordagem específica, mas em linhas gerais os encaminhamentos da seguinte forma:
Terapia de Família
- Quando o pedido refere à crianças e/ou adolescentes.
- Situações familiares que envolvem toda a família e às vezes extrapola a família nuclear.
- Quadros mais graves - família rígida - pacientes psicóticos.
- Quando o pedido refere ao casal, mas com necessidade da presença dos filhos como facilitadores.
Terapia de casal
- Quando a queixa é relacional.
- Quando uma das partes do casal faz sintoma.
- Na evolução de um trabalho de família.
Terapia individual
- Quando a necessidade é dar seguimento ao processo pessoal.
- Em função dos objetivos, pode-se desenvolver através de sessões individuais (necessidade de um espaço/tempo pessoal privilegiado devido à crise, início de processo, aprofundar determinado aspecto) ou sessões de grupo (para reprocessar o grupo primário interiorizado e repetido nas relações, ou como laboratório de vida).