Autoestima e Processo Terapêutico

Solange Maria Rosset

Junho de 2015

 

O que é auto estima

Muitas definições existem sobre autoestima e muitas formas de lidar com este assunto. Cada pessoa, cada terapeuta deve fazer uma reflexão sobre as definições e encaminhamentos que faz sentido para si e que são coerentes com seu funcionamento, suas escolhas e propostas de vida.

Todas as definições tem em comum que autoestima é a avaliação subjetiva que uma pessoa faz de si mesma como sendo intrinsecamente positiva ou negativa em algum grau.
Cada definição foca um ângulo específico:

A autoestima se apresenta em duas dimensões:

   Uma das dimensões da autoestima é intrapessoal

             

Autoaceitação: uma postura positiva com relação a si mesmo como pessoa. Inclui elementos como estar satisfeito e de acordo consigo mesmo, respeito a si próprio, ser "um consigo mesmo" e se sentir em casa no próprio corpo;

 

Autoconfiança: uma postura positiva com relação às próprias capacidades e desempenho. Inclui as convicções de saber e conseguir fazer alguma coisa, de fazê-lo bem, de conseguir alcançar alguma coisa, de suportar as dificuldades e de poder prescindir de algo;

 

   A outra dimensão é interpessoal

             

Competência social: é a experiência de ser capaz de fazer contatos. Inclui saber lidar com outras pessoas, sentir-se capaz de lidar com situações difíceis, ter reações flexíveis, conseguir sentir a ressonância social dos próprios atos, saber regular a distância-proximidade com outras pessoas;

 

Rede social: estar ligado em uma rede de relacionamentos positivos. Inclui uma relação satisfatória com o parceiro e com a família, ter amigos, poder contar com eles e estar à disposição deles, ser importante para outras pessoas.

 

Para compreendermos os graus da autoestima, é importante avaliar os itens que aparecem no funcionamento da pessoa.

A baixa autoestima é caracterizada por comportamentos de  insegurança, inadequação, perfeccionismo, dúvidas constantes, incerto do que é ou pode, sentimento vago de não ser capaz de realizar algo, depressão, não se permite errar, necessidade de agradar, busca constante de aprovação e reconhecimento.

Na auto estima elevada a pessoa apresenta a maioria dos seguintes comportamentos: mais à vontade em oferecer e receber elogios e expressões de afeto, poucos sentimentos de ansiedade e insegurança, harmonia entre o que sente e o que diz, pouca necessidade de aprovação, maior flexibilidade, autoconfiança, amor-próprio, satisfação pessoal, bom desempenho profissional, relações saudáveis, paz interior.

 

Como se constrói

A autoestima é construída nas experiências vivenciadas na fase de crescimento, a partir de como as outras pessoas nos tratam e se tratam entre si. Algumas formas de lidar com a criança. Se repetitivos e rudes podem prejudicar o desenvolvimento funcional da autoestima. São eles: críticas e autocríticas, culpa, abandono, rejeição, carência, frustração, vergonha, inveja, timidez, insegurança, medo, humilhação,  perdas e dependência financeira e emocional.

Segundo Virginia Satir, precursora da terapia sistêmica e familiar, para desenvolver autoestima, as criança necessitam de:

Como trabalhar na terapia

Cada terapeuta, dependendo da sua linha de trabalho e de suas escolhas, trilhará seu próprio caminho para trabalhar com seus clientes, mas existem alguns itens que podem facilitar:

  1. Criar ambiente que facilite ao cliente se examinar .
  2. Dar dados de realidade
  3. Dar informações
  4. Construir autoestima
  5. Desenvolver papéis e funções
  6. Preencher falhas na comunicação e expressão
  7. Ajudar a compreender os modelos recebidos e criar os próprios
  8. Exercícios importantes:

 

*Texto de apoio usado nos Workshops de Autoestima (Itajai-SC 11/03/2015 e Curitiba-SC 19/03/2015)