Brigas de amor

Solange Maria Rosset

Março de 2017

 

O primeiro questionamento que recebi ao falar de brigas de amor, foi se era possível ter brigas de amor elegantes e construtivas. E ao responder reforcei minha crença de que é possível brigar bem, mesmo que sejam de amor, e em relações intimas.

Uma briga construtiva é aquela que desenvolve habilidades cooperativas entre os envolvidos. Isso significa que eles estão juntos nessa atividade e sabem e querem fazer bom uso dela.

Uma boa briga de amor, é aquela que aproxima e desenvolve intimidade entre os participantes; que é realizanda demonstrando o afeto que sentem; que possibilita ensinar e aprender o que estão precisando; mas que também protege o amor e o ser amado; e, transforma o relacionamento num espaço de crescimento e aprimoramento.

No entanto, só será uma briga elegante se for ética, criativa e leve.

Cada pessoa tem suas próprias razões para brigar, mas, de um modo geral, as brigas de amor servem para para proteger o outro para e se proteger; para se defender; para se mostrar; para conhecer o outro; para definir limites; para manter privacidade; para definir e redefinir contratos; para ter intimidade; para ter poder.

Se queremos fazer bom uso de qualquer tipo de briga, é importante pensarmos se aquela briga serve para  manter o padrão de funcionamento ( e será uma briga repetitiva e sempre parecida) ou para mudar o padrão de funcionamento (e então pensar, ousar, aprender a criar novas formas de brigar).

As experiencias que cada indivíduo passa, farão com que ele tenham mais dificuldade ou facilidade em brigar, lidar com as brigas, fazer bom uso das brigas. Mas, algumas experiencias são mais definidoras: o registro de brigas na família de origem; as crenças sobre brigar na família de origem; o padrão de funcionamento individual e do casal; e as experiências passadas de brigar.

Alguns treinos são importantes para pessoas amorosas terem brigas mais elegantes e mais construtivas. Alguns exemplos:

 

* Texto escrito à partir da Palestra “Brigas de amor: é possível termos brigas construtivas e elegantes? No Café Babette, no Seminário Amor nos tempos de neutociencias, 11/2/17, Curitiba - PR