Integrar o espírito com a força bruta
Solange Maria Rosset
fevereiro de 2025
É necessário garra, esforço e trabalho para integrar o espírito e a força bruta, de forma que não seja a sobreposição de um, mas sim uma nova forma de ser e estar no mundo, uma nova forma de olhar os fenômenos e um novo padrão de relação com as outras pessoas.
A integração entre o espírito e a força bruta é uma das tarefas mais árduas e importantes do processo de evolução do ser humano. Isso significa enxergar os dois ângulos opostos das situações e sem desqualificar ou super qualificar um dos dois, agir levando os dois em consideração.
É mais fácil buscar sempre o lado espiritual, etéreo, esotérico da situação – desculpa, consola, dá ânimo e muitas vezes dá álibi. Assim como também é fácil cair para o lado oposto – justifica, dá direitos e poder, ataca como uma forma de defesa. No entanto integrar os dois torna o humano divino e o divino viável para este mundo.
O conhecimento nos permite integrar o espírito com a força bruta. Temos uma força animal, uma energia que não é lapidada, uma energia que nos assemelha a cada ser vivo deste planeta, que luta combativamente para sobreviver e ao mesmo tempo temos a cultura que nos torna pertencente a espécie humana. Quanto mais conhecimentos e valores da cultura agregamos, menos força bruta necessitamos usar para estarmos nas relações com os outros, uma vez que o conhecimento é um acumulo de tudo o que a humanidade já viveu.
Além do conhecimento existe uma outra fonte poderosa de transformação e integração que são os sentimentos amorosos. Eles podem transformar qualquer força bruta.
Desenvolvendo conhecimento e amorosidade temos possibilidade de escolha, de discernimento e de integração nesses vários aspectos de desenvolvimento espiritual e domínio da força bruta.