Um bom pai

Solange Maria Rosset

Agosto de 2016

 

Recebi um convite para falar sobre o que é ser um bom pai.

Essa é uma questão delicada!

Se pensarmos sistemicamente tudo depende do ângulo que nós olharmos. E, simplificando, um bom pai é aquele que supre seu filho das condições que ele precisa para crescer e se tornar um adulto autônomo.

Uma das questões mais importante de ser um bom pai é olhar o filho como uma pessoa separada de si, com características, habilidades e desejos diferentes. Uma das piores problemas é criar um filho para cumprir suas próprias vontades, para realizar seus sonhos não realizados, para suprir suas carências e necessidades.

Um pai dará modelos de como funcionar na vida. Será um porto seguro para onde o filho sabe que pode voltar a qualquer mal momento. Será a figura importante nas questões triangulares, de casal e sexual, á partir das suas experiências e das experiências de casal que transmite para o filho através do que diz e principalmente do que faz.

Ser bom pai é estar presente, possibilitando o que a criança necessita em cada fase de desenvolvimento. Exemplificando:

- na fase de recém nascido, um bom pai dá retaguarda para a mãe poder viver essa fase de simbiose com o filho;

- no desenvolvimento, um bom pai estará presente para mediar a relação da criança com a mãe, ajudando, dando outros modelos, tirando da relação exclusiva com a mãe; de acordo com a necessidade dará limites com cuidados e amor; liberdade com responsabilidade;

- na vida adulta do filho é estar presente sem invadir e respeitar sem abandonar.